quarta-feira, 25 de julho de 2012

Embrapa no Piauí estuda cabra que resiste ao calor do sertão

A Embrapa no Piauí está recuperando a marota, uma raça de cabra resistente às condições do sertão do Nordeste. Há quase 30 anos, a fazenda experimental em Castelo, que tem 105 exemplares da raça, desenvolve um projeto de conservação da cabra marota azul.


"Uma das importâncias é a questão do patrimônio genético brasileiro. É uma raça estratégica para ser criada em condições de sistemas tradicionais", diz Marc Jaboc, biólogo da Embrapa.A Embrapa no Piauí está recuperando a marota, uma raça de cabra resistente às condições do sertão do Nordeste. Há quase 30 anos, a fazenda experimental em Castelo, que tem 105 exemplares da raça, desenvolve um projeto de conservação da cabra marota azul.
Os animais ficam soltos no pasto durante boa parte do dia. O campo é a principal fonte de alimentação das cabras e bodes. Mas eles também recebem capim triturado e uma mistura feita à base de leguminosas.

Os animais da raça marota tem menor porte e produzem menos leite. A diferença em relação a outras raças é esses animais se adaptam mais facilmente às condições de clima seco e com pouca oferta de pasto, comuns no semiárido. O custo de manutenção do animal também é menor, o que representa muito para o pequeno criador.

"Se for selecionada, uma cabra nativa dessas poderá produzir cerca de três a quatro litros de leite. Uma cabra importada produzirá cerca de seis a sete litros de leite. É melhor ter uma cabra rústica, que produz bem e se adapta bem", explica o veterinário José Ferreira Nunes.

A ideia da Embrapa é aumentar o rebanho da raça marota e implantar pequenos núcleos de criação no semiárido para ajudar os pequenos criadores do estado.

Fonte: 180 graus

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